[Verso 1]
Inclinado p'ra trás numa cadeira de um café
Num jogo de atenção em que finjo não te querer
E há uma camada de mistério em cima de mim
Que eu ponho sempre ao espelho quando venho ter contigo

[Pré-Refrão]
E assim tu vens-te aproximando
E sem querer vou dando sinais
Nem com sabão azul e branco
Consigo apagar o rasto
E nasce um brilho novo no teu olhar
Mordeste o isco, miúda, tem cuidado

[Refrão]
É uma armadilha
Quando eu conseguir já não te quero mais
Vai-te embora, agora é tarde demais
Sai daqui
Deixei uma coisa dеbaixo da mesa
Os meus mecanismos dе defesa

[Verso 2]
Tentas não te espigar
Mas quando encostas a cabeça no meu ombro
Ou me agarras o braço, eu vejo tudo a olho nu
Tento ignorar a nossa balança de emoções
E gasto o meu plafond contigo
[Pré-Refrão]
E assim tu vens-te aproximando
E sem querer vou dando sinais
Que digam "não quero assim tanto"
Mas faz o efeito contrário
E se eu soubesse no primeiro café
Não aparecia, escrevia num guardanapo

[Refrão]
É uma armadilha
Quando eu conseguir já não te quero mais
Vai-te embora, agora é tarde demais
Sai daqui
Deixei uma coisa debaixo da mesa
Os meus mecanismos de defesa

[Outro]
Volto sempre à conversa do costume
A dar-te um cartão vermelho
Tudo em cima do joelho
Ponho a bola preta no buraco ao começar o jogo
E não é por eu ser um mau jogador
Sou uma armadilha, a culpa é minha