[Verso 1]
Ganhas terreno e eu protejo logo a ração
E ouço assobios da minha panela de pressão
Jogo sempre à defesa sem tu m'atacares
A fazer bolas de neve cheio de medo que ela leve (1, 2)
Eu não te posso dar a chave, não tenho mais nenhuma cópia
A drogaria já fechou e até prefiro abrir a porta
Eu sou ginasta emocional e rompo tantos ligamentos
Abro a mochila do passado e o que é que há lá dentro?

[Pré-refrão]
Contigo, eu danço
Pus o ego no descanso
E troco os pés ao som da liberdade
Na pista, tu ris-te
Fiz uma figura triste
Vou treinando a dança da liberdade

[Refrão]
E és tu que levas por tabela
Se eu não sei dançar
Prometo-te tudo
Mas ainda sinto arrepios quando ouço o som da liberdade

[Verso 2]
Desconheço as fronteiras, pedes-me o passaporte
E se eu peço um desconto mandas-me ir ao Freeport
Falas em português mas peço a tradução
A conversa é sempre igual e acaba em chuva torrencial
Cartão de luz negra na mão, noto na linha invisível
Colo post-its na parede e estudo sempre que possível
Levanto barras de metal com o peso desta consciência
Bate a ressaca, é natural e a dança recomeça
[Pré-refrão]
Contigo, eu danço
Pus o ego no descanso
E troco os pés ao som da liberdade
Na pista, tu ris-te
Fiz uma figura triste
Vou treinando a dança da liberdade

[Refrão]
E és tu que levas por tabela
Se eu não sei dançar
Prometo-te tudo
Mas ainda sinto arrepios quando ouço o som da liberdade

[Outro]
(Ainda sinto arrepios quando ouço o som da liber-)