Gabriel, o Pensador
Nas Mãos da Sorte
[Introdução — Narração: Milton Nascimento]
O menino que vivia da esmola na esquina
Largou a escola pra vender cocaína
E o outro que queria ser piloto de avião
Viaja com a pistola assaltando a condução
A menina que pensava em se tornar professora
Continua analfabeta e virou sequestradora
A polícia matou um ladrão de bicicleta
Aquele desnutrido que queria ser atleta
Sonhar não custa nada, a vida também não
[Verso 1: Junior, Sandy]
Tudo gira, o tempo passa e não
Ninguém tenta achar a solução
Abrir os olhos ajuda a enxergar
Lutar, crescer, fazer e poder sonhar
[Refrão: Sandy & Junior]
Deixar nas mãos da sorte o futuro
Não basta
Deixar nas mãos da sorte o futuro
Leva a nada
[Interlúdio — Narração: Milton Nascimento]
Qualquer um pode morrer por um trocado qualquer
Porque o dinheiro que falta e que sempre faltou
Tá na mão dos corruptos que a justiça soltou
[Verso 2: Junior, Sandy]
Qual o preço a se pagar então
Por ninguém prestar mais atenção
Abrir os olhos ajuda a enxergar
Amar, viver, saber, ter o que buscar
[Refrão: Sandy & Junior]
Deixar nas mãos da sorte o futuro
Não basta
Deixar nas mãos da sorte o futuro
Leva a nada
[Ponte: Taboo]
It could happen right here in L.A
It could happen right here in the U.S.A
It could happen over there in Brazil today
It could happen to you
It could happen to me
No peace in the city and laws in jeopardy
So much pain to release and it wasn't letting me
Be myself in this whole other reality
Cities across this nation-a-crumblin'
Tumbling to a pitfall with a democrat republican party taken over
Now picture that
Outskirts of hell
Oblivious region
In the middle of nowhere where doom is the legion
Now to protect this earth, is no longer the label
Now it's find to kill when it's willing and able
No more legit check, it's payed under the table
Do you understand?
Do you understand?
[Refrão: Sandy & Junior]
Deixar nas mãos da sorte o futuro
Não basta
Deixar nas mãos da sorte o futuro
Leva a nada
Deixar nas mãos da sorte o futuro
Não basta
Deixar nas mãos da sorte o futuro
Leva a nada
[Saída — Narração: Milton Nascimento]
O político ladrão é o pior dos bandidos
Mata o povo de fome com um sorriso fingido
Nunca anda escondido, e na maior cara dura
É capaz de negar sua própria assinatura
De manhã pode ir preso, mas é solto de tarde
Sem problema, no esquema de um sistema covarde
Onde falta remédio e falta rango na mesa
Falta vaga na escola e tá sobrando miséria e pobreza
Tá sobrando talento e criatividade
Falta oportunidade
Falta terra no campo
Falta paz na cidade
Tá sobrando mentira
Tá faltando a verdade
E as nossas crianças tão perdendo a esperança
Tão crescendo com medo, separadas por grades