[Letra de "Pacto com o Diabo" com Facção Central]
[Verso 1: Dum-Dum]
Vou aproveitar a pomba branca aposentada
Pra levar pro diabo minha carta
Reconheço firma sem ler uma cláusula do contrato
Quero passar de banco pra artilheiro do campeonato
Chega de quarto de empregado a senzala do apê de Angra
No Big meu perfil no walkie-talkie do segurança
Da medicina forense encontrar meu DNA
No material genético na unha do físico nuclear
Odeio Páscoa, Natal, toda esse porra
Comemoração pra quem dobra o lucro na registradora
Papai Noel vem de uniforme da Ultragaz disfarçado
Resgatar o coelho da Garoto, dez quilos mais magro
A quatrocentona acionista do Itaú
Trouxe o espírito natalino de chester, peru
Abri o abdômen pro corpo não boiar com os gases
Pra eu não assinar 159 e ocultação de cadáver
Quero a Monalisa na minha sala de visita
Mesa no Fasano, padrão de vida da Faria Lima
Dói ver meu filho esperando o caminhão
Do empresário com brinquedo, fingindo boa ação
Gasta 1000 com boneca e bola, vai que cola a reportagem
A empresa no horário nobre, puta merchandising
Se pudesse matava a vadia do comercial de sandalhinha
Celular, pulseirinha, mas não pra sua filha
Querem certificado da S.O.S Computadores
Pra gritar térreo de ascensorista nos elevadores
Como informática não tava na agência de emprego
Criaram um site pro correntista fazer recadastramento
O nome, o CPF, a senha, por favor
Depois tira o extrato e saldo devedor
Não quero vaga na construção civil, só título do tesouro
Pasta de coca nas minhas mulas no aeroporto
[Ponte 1: Dum-Dum]
Satã sem ler o contrato, assine e reconheço firma
Ou é alma pro diabo ou corpo pro aluno de medicina
Satã sem ler o contrato, assine e reconheço firma
Ou é alma pro diabo ou corpo pro aluno de medicina
Satã sem ler o contrato, assine e reconheço firma
Ou é alma pro diabo ou corpo pro aluno de medicina
Satã sem ler o contrato, assine e reconheço firma
Ou é alma pro diabo ou corpo pro aluno de medicina
[Verso 2: Eduardo]
Sinto muito não poder atender seu pedido
Mais deixa o nome completo e o endereço por escrito
Na lista de espera, sua ficha ficou cadastrada
Te mando um telegrama surgindo vaga
Em São Paulo, nasce uma favela a cada 8 horas
O mosaico de tijolo vermelho é eterno canteiro de obras
Não comporto o show room de almas de todos os modelos
Quando a cruz não é Doril, o tridente alivia o enfermo
Ouço suplicas do mutirão sem rede de água
Esgoto, energia elétrica, calçada
Na porta do inferno pus guardião com lança-chamas
Temendo uma invasão dos sem esperança
Dei emissora pro camelô, pro padre holofote
Fiz a IBM, a Coca-Cola, a Microsoft
A vaga de centroavante do Real foi preenchida
Dei pra escuderia italiana, um campeão de corrida
Meu pacto é vitalício com a CBC, Taurus, Rossi
SIG Sauer, IMI, Bersa, Glock
Renovei contrato com Ambev, com a Phillip Morris
Marlboro, Brahma são meu sucesso em causa mortis
Antes queriam jogar nos Lakers com Shaquille O'Neal
Ser Frank Sinatra, ser dos Beatles, ser Jerry Lewis
Hoje querem furar com ponto 50 o Fórum da Barra Funda
Fazer dono de Lincoln enfiar o Carsystem na bunda
Se não tem vaga, cata o cliente Coelho da Fonseca
Miolo na cama King Size, de puma com luneta
Deixa o carro ligado a duas quadras da casa de câmbio
Com Ericson do doleiro, faz um download dele sangrando
Seu talento não entra no Masp, no Cacilda Backer
13 de maio é pegadinha do João Kleber
Antes da ajuda da ONU, do Kofi Annan
O cão capa seu pinto pro coronel Ubiratan
[Ponte 2: Eduardo]
De presidente a artista, de padre a terrorista
Faz o refém comer as tripas, que as vagas tão preenchidas
De presidente a artista, de padre a terrorista
Faz o refém comer as tripas, que as vagas tão preenchidas
De presidente a artista, de padre a terrorista
Faz o refém comer as tripas, que as vagas tão preenchidas
De presidente a artista, de padre a terrorista
Faz o refém comer as tripas, que as vagas tão preenchidas