Piruka
Corpo Fechado
[Verso 1: Morgado]
Pulsa entre nós
Bate no clarão
É o tambor na procissão
Santo que falou
Que o dever é o dom
É o axé e o pé no chão
O terreiro me batuca
Uma oração
Sempre que sentir
Saudade de manhir
É o banzo do coração
É o tempeiro e o axé
Que vem do chão

[Verso 2: CT]
Hey!
Pra quizumba nenhuma
Me pegar
Luz do Sol, banho de cachoeira
A semente floresce, se regar
Assim como com
Sua consciência
Pra alusão desse mundo
Não cegar
Peço ao pai para que nos proteja
Precisamos de luz e clareza
E precisamos nos conectar
Com a força maior
Que reside dentro de cada um
Pelo bem comum
Seja lá crista, buda
Jesus, Alá, Oxalá, Ogum
Pela força de batuque
E o poder da oração
Pela ampliação do campo
De visão do nosso corpo
Tire suas venda
Entenda que a vida
É você quem dita
E que a nossa realidade é infinita
[Refrão: Pablo Martins]
Meu corpo sempre fechado
Mas disso entendo pouco
Sou a semente dos fatos
Controle o seu olho

[Verso 3: Beleza]
Pra ter fé não precisa
De religião, não
Converse com a alma
E a pureza responde
Com a voz da razão
Nos livra da dor
E qualquer maldição, nega
Agradeça ao senhor
Bate no agogô
Faça amor com amor
Foi o povo de zumbi
Que me chamou
Quando bateram no tambor
Chamando todo o povo bom
Pra rua
Protegido pelo manto figa patuá
Pé de coelho
Terço com chinelo do avesso
Eu quebro espelho
Passando embaixo da escada
Pois pra mim não pega nada
Minha fé não recua
Deus não quer seu dinheiro, maluco
Quer ver quem você vai ajudar
Na bondade eu confio
E nenhum charlatão
Vai me fazer mudar
Nada, vejo o nascer do Sol
Lindo, meu encontro com o mar
Odjá, fonte de energia
Que traz alegria e faz renovar
Vida!
[Verso 4: Piruka]
E eu acredito em Deus
E acredito em mim
Atravessei o oceano
Com o meu pé no posto
Eu tenho fé em Deus
E tenho fé em mim
Como carrego fé na alma
Pintei fé no rosto
Minha velha diz que o suposto
É fazer tudo com gosto
Mãe, eu quero o mundo todo
Na palma da mão
Ser um senhor no meu país
Elevar a minha raíz
Estou aqui, foi Deus que quis
Fé uma oração
Represento a população
Que não tem nada
Madorna, nova escola
Linha C
Rap Nacional e hip-hop Tuga
E eu no Brasil com o GB
Onde minha fé me levar eu vou
Cota a única certeza
Onde tiver que estar eu tô
Pra por um prato na mesa
Com a raça do meu avô
Junto com a fé portuguesa
Vim pra conquistar o mundo
Com 1Kilo de inteligência
[Refrão: Pablo Martins]
Meu corpo sempre fechado
Mas disso entendo pouco
Sou a semente dos fatos
Controle o seu olho