Piruka
Impossíveis
[Intro]
Hey
Anh

[Verso 1]
São 10 e 50
E a cabeça arrebenta por todos os lados
Eu tenho o que queria
Mas a minha vida nem chega perto do que eu tinha sonhado
Porque para ganhar, perdi
E para sorrir, chorei
Fama nunca a pedi
E nunca a procurei...
Eu vi na caneta uma fuga para a minha verdade
Vi no caderno a esperança de vida
Vivi o inferno com um pai agarrado
E uma mãe numa cura com mais uma cria
Pensei que a vida não sorria
Que nenhuma porta se abriria
E hoje olhando para a minha vida
Dizem-me: Já chega, já chega, já chega...
E quando te disserem que a fama te cega
Vai por mim acredita
É como dizerem que a morte é certa
Que é o mais certo nesta vida
E eu provei do veneno que em pequeno não queria
Hoje vivo da luz que me conduz que me alimenta e que me ilumina
E eu que dizia que esse brilho
Em mim nunca pegaria
Virei um menino prodígio da tuga
Com a cara no mundo da bijutaria
Vi-me a gastar vinte mil num fio que nem precisava
Hoje tenho um palácio, 2 ou 3 carros e não era o que ambicionava
Meu tropa eu só queria um prato
Meu tropa eu só queria um teto
Por isso transmite humildade
Com gana tudo se consegue
Música não é só vibe, tem cuidado com o que escreves
Hoje ouço: 'Pirukinha vai’, dez mil pessoas aos berros
Desde puto que vi os meus pais em caminhos que não deviam
Quando tu sobes é fácil cair, mas muitos nunca subiram
Quando dizia que um dia seria
Eu digo-te muitos se riram
E os que se riram no dia em que eu disse o que disse
Disseram que era impossível
[Refrão]
Na vida não há impossíveis
Se queres trabalha para um dia ter
Não falha quem não luta
E quem não luta não vence
Do pouco eu fiz muito
E ainda há tanto a fazer
Na vida não há impossíveis
Se queres trabalha para um dia ter
Não falha quem não luta
E quem não luta não vence
Do pouco eu fiz muito
E ainda há tanto a fazer

[Verso 2]
Nós somos iguais, tudo carne e osso
Ninguém é mais que ninguém
Mas uns trabalham e outros trabalham para o bronze
Vivem com a guita da mãe
Enquanto uns se matam, outros só matam os pombos
No meio da merda tens tudo, és o rei
Parado no bairro a vender uns contos
Como tive na merda, eu falo do que sei (Uh)
Mas eu para lá não volto
Sim, venho do bairro e ser bairrista é o meu rótulo
Sei a mensagem que trago
Tenho água benta no copo
Mas muito m'olha de lado por ter tinta no corpo
Por vezes penso que sou o louco
No meio de tanta sanidade
Sinto que tenho o diabo na esquerda
Mas Deus pesa do outro lado
Sempre que o azar me espreita
Penso quando a cabeça se deita
Hoje em dia sou legal
E construí o meu legado
Yau
[Refrão]
Na vida não há impossíveis
Se queres trabalha para um dia ter
Não falha quem não luta
E quem não luta não vence
Do pouco eu fiz muito
E ainda há tanto a fazer
Na vida não há impossíveis
Se queres trabalha para um dia ter
Não falha quem não luta
E quem não luta não vence
Do pouco eu fiz muito
E ainda há tanto a fazer